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Livroweb

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Capítulo I

 - Eu estou apaixonado por você. – ele disse.

  Eu desmonorei caindo em meus joelhos chorando aos braços dele.

...

  Para você que está lendo agora e não está entendendo nada do que eu estou falando, bom, eu vou explicar:

  Sou Pauline, tenho 13 anos, e, minha vida realmente está muito confusa. Bom, eu primeiro lugar, minha mãe, que é uma ótima mãe e tudo mais, está agindo muito estranha de cá pra frente desde que eu perguntei quem era meu pai, porque ela disse que diria a verdade quando eu tivesse treze anos, mas e agora? Tipo ela mentiu e disse que não sabia e como assim você transa com alguém e não sabe quem é? Ah cara agora eu estou mó tipo pra baixo, porque tipo, eu não tenho certidão de nascimento, sei lá, eu nem sei se eu nasci de verdade, ou sou adotada, sei lá cara...

  Bom, não interessa, no momento eu e Mathias estamos tentando procurar quem é meu pai, mas mamãe não facilita as coisas, tipo assim na última semana ficamos insistindo que nem loucos, mas no final acabava em choradeira, claro, mamãe sempre saia chorando por ai se lamentando dizendo coisas como: ’’Porque? Por que meu Deus?‘‘. Eu não entendo. Tipo Mathias tem 15 anos, é meu irmão mais velho, ele não gosta disso, não mesmo, fica sempre de mal-humor quando ela não responde ou evita o assunto.

  Meu amigo Luís anda me dando apoio com isso tudo que anda acontecendo, o que é bom, conheço Luís desde que tenho uns cinco anos de idade, somos sempre amiguinhos e tudo mais. Ele sempre me ajudou e eu sempre o ajudei.

  Mas, voltando ao assunto, tudo anda muito confuso, quero dizer mamãe com essa neura toda oras! É só falar e pronto. Mas, eu fico pensando se a verdade vai me afetar, quero dizer conhecer meu pai, será que ele vai me fazer alguma diferença?

  Agora que vocês já sabem o conflito eu vou voltar ao começo da história.

...

  Estávamos eu e Luís rondando a cidade com nossas bicicletas procurando o número certo da rua.

  - Eu me sinto uma idiota. – eu disse.

  - Pauline, você quer ou não saber onde fica essa agência ai de festas? – ele me perguntou.

  - Eu quero, é claro que quero, mas assim, tipo, eu ainda me sinto uma idiota tentando procurar uma agência que existia há uns 16 anos atrás, aposto que não existe mais e... – paramos na frente de um lugar com uma placa escrito ’’Agência de festas Dution desde 1990! ‘‘. Eu bufei. – Ótimo. – eu disse.

  - Eu sabia que encontraríamos. – Luís afirmou.

  - Sei... – eu me levantei e abri a porta antiga que soou um som como um daqueles sininhos que anunciam sua entrada.

  - Bom dia. – eu disse a uma velhinha no velho balcão com os óculos na ponta de seu nariz enquanto lia papeladas e mais papeladas de papel, ela parou e sorriu em resposta.

  - Bom dia. O que posso fazer por vocês meus jovens? – ela disse olhando para mim e Luís.

  - Queríamos saber quem estava em uma festa no ano de 1992 no mês de Julho dia 14. Será que você ainda tem anotado ai? – eu perguntei apontando para a papelada.

  - Você tem à hora exata e quem deu a festa? – ela perguntou.

  - Não,... Eu não faço a mínima idéia. – eu afirmei.

  - Então vai demorar um pouco.

  - Quanto tempo? – Luís perguntou.

  - Hmmm. Eu ando bem ocupada ultimamente então não tenho uma data muito precisa, mas se você me passar seu endereço eu posso te mandar uma carta com todos os convidados dessa festa.

  - Seria ótimo. – eu disse escrevendo em um papel meu endereço e a entregando, os dedos dela tremiam, ela pegou o papel e assentiu.

  - É só isso? – eu perguntei curiosa.

  - É só isso sim. – ela respondeu sorrindo.

  - Obrigada. – eu disse puxando Luís comigo.

  Saímos e eu me posicionei em minha bicicleta, Luís me seguiu enquanto eu pedalava.

  Ele estava... Não sei dizer, acho que triste, ou confuso. Eu me aproximei pedalando.

  - O que foi Luís? – eu perguntei parando e ele parou também.

  - Bom... Eu estive pensando que quando você conhecer seu pai, se você vai se mudar, ou, sei lá sabe? Ficar longe da gente...

  - Isso não vai acontecer! Não mesmo, nunca vou deixar Lorena e você para trás, vocês são meus melhores amigos, apesar de Lorena estar viajando e não poder estar aqui para me apoiar...

  - Você sabe que Lorena é uma boa amiga e te apoiaria em tudo.

  - Eu sei, eu sei, o problema é que ela é meio egoísta...

  - Tudo bem, eu concordo, mas mesmo assim ela é uma boa amiga. – Luís disse.

  - Tá, tanto faz, ela é uma boa amiga e blá-blá-blá... Mas ela é egoísta de qualquer jeito. – falei revirando os olhos.

  - Fugindo do assunto... Você nunca nos deixaria não é?

  - Não, não mesmo, eu nunca deixaria vocês. – eu disse com sinceridade.

  - Jura? – ele me estendeu o dedinho.

  - Juro. – eu jurei com o dedinho.

  - Agora vamos, antes que minha mãe chegue em casa. – eu disse continuando a pedalar.

  Chegamos em casa em poucos minutos, e, bom, para falar a verdade, eu meio que fugi de casa, minha mãe não queria que eu saísse por ai procurando meu pai, por isso tinha que chegar rápido para ficar tudo em segredo.

  Parei a bicicleta e a joguei em um canto do quintal com Luís atrás de mim eu quase cheguei a rodar a maçaneta, mas, alguém a abriu antes.

  - Mãe? – eu perguntei nervosa, ela me encarava com os olhos de tipo "não acredito que você fez isso".