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Livroweb

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Capítulo IX

  De cara reconheci o rosto familiar.

  Ele nem disse “Oi”, ou “Como você está?” chegou direto dizendo o óbvio: - Mamãe quer saber onde você está.

  - Hmmm. – eu sussurrei. – Bom, se ela quer me ver, eu vou até ela.

  Mathias assentiu devagar e se posicionou novamente na bicicleta, fiz o mesmo.

  - Tchau. – eu disse a Luís, enquanto começava a pedalar.

  - Vê se não arruma mais confusão! – ele gritou longe.

  Os pingos atingiam o meu rosto, mas logo se juntavam e escorriam, de tanto que eu corria.

  Estávamos atravessando o ultimo quarteirão e eu ainda não sabia que diabos iria dizer a minha mãe.

  Ela já esperava no quintal.

  - Pauline! – ela gritou.

  - Sim senhora! – fiz posição de soldado e Mathias soltou um risinho.

  - Sem brincadeiras agora. – ela me lançou um olhar severo.

  - Si-sim senhora. – minha voz falhou.

  - Onde estava?

  - No velho parquinho.

  - Com quem? – ela perguntou.

  - Luís.

  - Está andando demais com esse menino não acha?

  - Vai começar a me proibir de andar com meu melhor amigo?! – perguntei horrorizada.

  - Não sei, comece a diminuir a frequência em que você se encontra com ele, acho que ele não é uma boa influencia para você.

  - Isso é um absurdo! Má influência para mim?! A senhora está doida?

  - Pauline! Não discuta comigo, estou fazendo isso para seu bem.

  - Mas...

  - Nada de “mas”, e agora me dê licença, tenho outros assuntos a resolver.

  Fiquei parada perplexa olhando “de cara” para minha mãe.

  Luís chegou pedalando na rua.

  Ele deixou a bicicleta cair e se aproximou de mim.

  - Então, o que eu perdi? – ele perguntou.