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Livroweb

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Capítulo VII

  - Não faz sentido... Não estou compreendendo Mathias... Nós somos irmãos só de mãe?

  - Sim. – ele disse devagar segurando minha mão.

  - Espere, se Paulo não é meu pai, então...

  - Mamãe traiu Paulo antes de se casar com ele.

  - Mas, mas...

  - Olhe Pauline, eu sei que é difícil de entender porque mamãe trairia um homem e acabaria ficando grávida de você antes de se casar.

  - Então... Na festa... A porque eu não pensei nisso antes... – eu disse colocando meu rosto entre minhas mãos.

  - Hm, mamãe deve se arrepender disso hoje em dia. Ela devia realmente gostar do Paulo.

  - Então porque ela o traiu? Por que ela me teve?

  - Eu não sei Pauline, eu realmente não sei lhe responder.

  - Mas que droga! O pior é saber que eu fui um erro! Fruto de uma traição! Que chegou até destruir o casamento de minha mãe!

  - Acalme-se Pauline também não é assim que você deve lidar com a situação... – Luís tentou me acalmar.

  - Me acalmar?! Você quer que eu me acalme?! A por favor, Luís! – eu disse furiosa enquanto saia da casa.

  - Onde você vai Pauline?! – gritou Mathias.

  - Não lhe interessa! – eu berrei.

  Fui até o jardim de casa e peguei minha bicicleta, e, me preparei para pedalar seis quarteirões.

  Já cansada cheguei ao velho parquinho, onde eu ficava quando queria pensar.

  O velho parquinho, estava vazio, ele fora abandonado, e só sobrara velhos brinquedos de madeira, a grama já estava alta, as chuvas a deixavam quase batendo em meu joelho.

  Andei até uma pequena casinha de madeira onde me sentei, não me contive e comecei a chorar.

  Era muito pressão para um garota de apenas 13 anos, eu pensava em minha mente, sou apenas um fruto do erro, nascido da traição, que veio ao mundo apenas para atrapalhar todos, minha mãe, Paulo, meu irmão, todos prejudicados, e por minha causa.

  Já perdera a vontade de descobrir quem era meu pai nessa hora.

   Já se passará bastante tempo desde que eu comecei a chorar, e, sem dar sinal, o céu estava nublado e começou a chover, era quase uma chuva fraca, mas ela começou a aumentar.

  Apesar do frio, da fome e de estar molhada, eu não queria sair debaixo daquela pequena casinha de madeira.

   Os ventos aumentaram, o frio chegou a um ponto insuportável, eu já estava me retirando, quando eu vi de perto quem estava me observando.